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No domingo, 10 de outubro, foi o Dia Mundial da Saúde Mental e, desde que a pandemia começou no ano passado, este tema vem ganhando mais destaque (e muitos memes).
Embora às vezes a questão seja tratada de forma engraçada buscando até deixá-la mais leve, é importante dizer que o assunto é muito sério. Por aqui, já produzimos diversos conteúdos destacando a importância de cuidarmos da saúde mental. Inclusive, no mês passado, o Comitê de Direitos Humanos e os psicólogos do IFSC promoveram a campanha “Precisamos falar de saúde mental” que pautou o tema nos nossos canais institucionais.
No post de hoje, vamos compartilhar com você tudo o que foi produzido nesta campanha para centralizar todo o conteúdo em um só lugar e facilitar para quem precisa ler e se informar sobre isso ( ou seja, praticamente todo mundo 😊).
(Se você conhece alguém que precisa e talvez não conheça o nosso blog, mande o link deste post pra ele/ela 😉).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere-se à saúde mental como um bem-estar no qual o indivíduo desenvolve suas habilidades pessoais, consegue lidar com os estresses da vida, trabalha de forma produtiva e encontra-se apto a dar a sua contribuição para a comunidade.
Veja o que diz a psicóloga da reitoria do IFSC Milena Garcia da Silva:
“A saúde mental envolve uma flexibilidade cognitiva e emocional para lidar com as situações difíceis do cotidiano, a gente precisa ter recursos internos para avaliar as situações, identificar os nossos pensamentos e emoções para conseguirmos reagir aquele contexto de uma forma funcional e saudável. Se a gente considerar a pandemia e suas consequências, a tendência é que esses casos de sofrimento psíquico aumentem. Os nossos padrões de comportamento foram alterados com o distanciamento social. Nessa lógica que nós precisamos adotar para preservar a nossa saúde, estamos vivendo em um contexto de extrema vulnerabilidade psicossocial. O sofrimento psíquico afeta as relações, a qualidade de vida, as atividades diárias, a saúde física e não podemos ser negligentes com a gente mesmo”.
Há alguns sinais de alerta que devem ser levados em consideração quando se fala em saúde mental segundo nossa psicóloga:
“Se a gente não estiver conseguindo se desligar, se os pensamentos estiverem acelerados apresentando conteúdos catastróficos, se o sono estiver desregulado, se não tiver disposição, tiver apatia, não conseguir mais fazer as coisas, comportamento irritadiço, o humor estiver oscilando, eu preciso parar e avaliar o que eu estou fazendo para me cuidar. Eu estou me alimentando direito? Estou praticando atividade física? Respeitando os meus horários de descanso e de sono? Caso haja dificuldade para se reorganizar, para estruturar a rotina, para inserir as atividades saudáveis e perceber que há um prejuízo social nas relações, que eu não estou conseguindo mais produzir, meu desempenho teve uma queda e não consigo mais focar a minha atenção, que a cognição está comprometida e que eu esteja com uma estafa mental, eu preciso procurar um profissional capacitado para me auxiliar a reestruturar e esses profissionais são os psicólogos e psiquiatras.”
Além deste material aí em cima, publicamos outros bem bacanas como parte da nossa campanha. Veja clicando nos links abaixo:
-> 8 dicas para proteger sua saúde mental
-> Primeiros socorros emocionais: dicas de autocuidado para manter nosso bem-estar físico, mental e social, além de orientações para ajudar outras pessoas
-> Reflexão em meio ao sofrimento: uma proposta para você escrever sobre o que sente
Falar sobre saúde mental dentro do espaço escolar é pensar no papel que a escola tem em todo esse processo e de como o acolhimento e a escuta ativa fazem diferença nesse processo. É por isso que este tema tem permeado as nossas ações enquanto instituição de educação.
Segundo a psicóloga do Câmpus Criciúma Andressa Fontoura Maria:
“A gente precisa pensar em como transformar a escola enquanto um espaço promotor de saúde mental. Precisamos falar sobre isso e pensar no impacto que a escola pode ter na vida das pessoas que fazem parte dela. Nós precisamos formar para além do conteúdo técnico, para além de matérias curriculares, a gente precisa formar cidadãos. Se há um lugar em que a gente possa falar de si de uma forma mais completa, que esse espaço seja o da escola e que consigamos trazer essas discussões que não costumam ser feitas em outros espaços. Nós somos indivíduos complexos e que trazemos para espaço escolar aquilo que somos fora dele como também levamos nossas experiências na escola para outras esferas da vida. Quando pensamos nos estudantes adolescentes a escola tem uma posição central porque é o espaço de aprendizagem, mas também de socialização, enquanto eles estão aprendendo a existir. Para os estudantes que já estão inseridos no mundo do trabalho essa discussão também é muito importante porque não há outros espaços para falar sobre o tema”.
Para o psicólogo do Câmpus Chapecó Alan Panizzi, é preciso fazer com que a escola se transforme em um espaço de escuta sensível:
“Quando um aluno está frágil, inseguro e machucado e tem alguém que consegue ouvi-lo, isso pode fazer a diferença para que ele não abandone a escola. Isso envolve caminhar junto com esse estudante para poder identificar pontos de força e de potência que podem ser resgatados. É difícil dar uma receita de bolo, porque o que fragiliza ou que fortalece uma pessoa é singular. Comer de maneira saudável e praticar esportes faz bem, mas isso tem um significado bastante singular para cada um de nós, o que é comer bem ou comer mal, que movimentos corporais fazem mais sentido para mim? O processo de fortalecimento tem a ver com a nossa história.”
No dia 15 de setembro, fizemos uma live para falar sobre saúde mental pensando na perspectiva dos estudantes e dos servidores do IFSC. Participaram da conversa as psicólogas Marta Elisa Bringhenti, do Câmpus Chapecó, Letícia Cruz Wiggers, psicóloga da Diretoria de Gestão de Pessoas do IFSC, e os psicólogos Afonso Vieira, do Câmpus Jaraguá do Sul – RAU, e Alan Panizzi, do Câmpus Chapecó. Veja a gravação: