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10 tipos de moedas de réis mais comuns do Brasil: valor e quantidade

A numismática é um hobby fascinante e muitas pessoas aventuram por suas várias áreas e iniciam coleções porque as moedas antigas contam a história de uma nação e da evolução da humanidade ao longo dos tempos. No Brasil, as moedas de réis foram utilizadas como meio de pagamento desde o período colonial até o início da década de 1940, quando foram substituídas pelo cruzeiro, e despertam a curiosidade de colecionadores iniciantes, porque são moedas mais antigas, com design diferentes e que parecem ser raras. No entanto, nem todas as moedas antigas são raras ou valiosas e nessa afirmação incluímos as moedas de réis. Algumas moedas foram emitidas em grande quantidade e por este motivo são consideradas comuns. Isso não significa que essas moedas não tenham valor, especialmente para colecionadores que procuram completar suas coleções ou possuem interesse em estudar a história das moedas brasileiras. Neste artigo, vamos explorar as 10 tipos moedas de réis mais comuns, de acordo com a quantidade emitida, e explicar por que elas são tão comuns. Também vamos destacar que, mesmo sendo comuns, essas moedas podem ter valor para os colecionadores, especialmente se estiverem em perfeito estado de conservação. Vamos começar? 1. 100, 200 e 400 réis de 1901 (MCMI) Na primeira posição das moedas de réis mais comuns estão as moedas de 100, 200 e 400 réis emitidas em 1901, período brasileiro conhecido como República Velha (1889 a 1930). Nesta época, a moeda oficial era o réis e o país passava por várias mudanças em termos de política econômica e emissão de moedas. Essas moedas foram produzidas em cuproníquel e apresentavam no centro do seu anverso uma figura feminina representando a República voltada para a direita, com um diadema no qual se lê a palavra LIBERT (parte da palavra Libertas). Acompanham toda a orla vinte e uma estrelas. Embaixo do busto, entre duas estrelas, as iniciais do gravador P.T. sobrepostas (Paulin Tesset). No centro do reverso um pouco para a direita e para baixo, as Armas da República, tendo à esquerda um ramo de oliveira, e, por cima do escudo, o valor em duas linhas horizontais; na primeira o valor e na segunda a palavra RÉIS. Acompanha a orla a legenda REPUBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO e no exergo, entre dois pontos, a palavra BRASIL sustentando a data MCMI. Essas moedas de 100, 200 e 400 réis de 1901 foram cunhadas nas seguintes quantidades: Valor facial Ano Quantidade emitida Valor médio (MBC) 100 réis 1901 (MCMI) 75.000.000 (75 milhões de unidades) R$ 4,00 200 réis 1901 (MCMI) 60.000.000 (60 milhões de unidades) R$ 4,00 400 réis 1901 (MCMI) 26.250.000 (26 milhões e 250 mil unidades) R$ 5,00 Um fato interessante dessas moedas é que foram cunhadas todas no exterior, nas casas da moeda de Hamburgo (Alemanha), Birmingham (Inglaterra), firma Ralph & Sons e as Casas das Moedas de Viena (Áustria), Paris (França) e Bruxelas (Bélgica). Embora essas moedas sejam consideradas muito comuns entre os colecionadores, elas ainda possuem o valor histórico e cultural significativo e muitos colecionadores buscam adquiri-las em perfeito estado de conservação. 2. 500 réis de 1928, 1000 réis de 1924 e 1927 (Abundância) Em segundo lugar do ranking das moedas de réis mais comuns temos a moeda de 1000 réis de 1927, também emitida durante o período da República Velha. No centro do anverso, uma figura feminina representando a Abundância voltada para a direita, apoiada com o joelho direito em flores que estão no exergo, e praticamente sentada sobre o calcanhar. Sua perna esquerda está dobrada. A mão esquerda segura a boca de uma cornucópia e a mão direita está simplesmente apoiada sobre ela. A cornucópia está com a boca virada para baixo deixando cair frutas e flores e o bico está apoiado no seu braço direito. No exergo, ao lado direito, está a sigla do gravador JV (João da Cruz Vargas). A figura está circundada por um anel fino aberto no exergo. À direita, entre a figura e o anel, a constelação do Cruzeiro do Sul. Acompanham a orla vinte e uma estrelas, que representam os Estados do Brasil. NO centro do reverso temos o valor em duas linhas paralelas horizontais: na primeira o valor e na segunda a palavra RÉIS. Acima do valor a estrela da União. Começando embaixo da palavra réis, dois ramos subindo um de cada lado em sentido oblíquo e acompanhando a orla, à esquerda, de café com frutos, e à direita, de algodão com flores, atados com o Laço Nacional. À esquerda, entre o início do ramo de café, a sigla do gravador JV (João da Cruz Vargas). Acima do valor uma estrela de cinco pontas bem no centro dos dois ramos. No alto, acompanhando a orla, a palavra BRASIL. No exergo, a data. As moedas de 500 réis de 1928, 1000 réis de 1924 e 1000 réis de 1927 foram cunhadas nas seguintes quantidades: Valor facial Ano Quantidade emitida Valor médio (MBC) 500 réis 1928 9.432.000 (9 milhões e 432 mil unidades) R$ 4,00 1000 réis 1924 9.354.000 (9 milhões e 354 mil unidades) R$ 4,00 1000 réis 1927 35.817.000 (35 milhões e 817 mil unidades) R$ 5,00 3. 80 réis de 1828-R e 1829-R (cobre) Como estamos levando em consideração a quantidade de moedas emitidas para nossa análise, chegamos a uma terceira posição que mesmo tendo sido emitidas em grandes quantidades, não aparecem com facilidade no mercado (ver o tópico “Bônus: sobre exemplares sobreviventes” no final do artigo). Essas moedas foram cunhadas em cobre no período do Império do Brasil tem as seguintes características: No centro do anverso, dentro de uma grinalda de tulipas, o valor, que está entre quatro florões dispostos em cruz; dois maiores com quatro pétalas cada, sendo um acima e outro abaixo do valor. Os outros dois, menores, com seis pétalas cada, estão ladeando o valor. Os quatro florões estão intercalados por quatro cruzetas. No exergo, também entre cruzetas, a data e a letra monetária. A data é seguida de um ponto. Acompanha a orla a legenda PETRUS. I. D. G. CONST.

Pesquisa para colecionadores: o perfil do colecionismo brasileiro

Pesquisas são instrumentos essenciais para entender o comportamento, padrões e anseios de determinado grupo de pessoas. Através de pesquisas podemos entender o perfil atual das forças e fraquezas do público pesquisado e alinhar os esforços para buscar formas de superar as fraquezas e direcionar as forças. É comum termos pesquisas em várias áreas e para diferentes públicos ao nosso redor, porém, no meio do colecionismo as pesquisas são escassas e, por vezes, até inexistentes. Pensando nisso, alinhado ao nosso propósito de ajudar pessoas na jornada de colecionar, lançamos a pesquisa de Perfil do Colecionismo Brasileiro. Nosso objetivo é entender como os colecionadores brasileiros colecionam, organizam suas coleções e interagem com outras pessoas do meio do colecionismo.

Moedas valiosas: o que você precisa saber

Moedas valiosas, quem nunca sonhou em encontrar uma? Se você é colecionador ou encontrou alguma moeda e tem interesse em saber se ela é valiosa ou não, este artigo vai te ajudar. De forma prática, com este guia completo você vai descobrir quais são as moedas mais procuradas por colecionadores, quais são as moedas valiosas, as moedas mais caras do real, das olimpíadas, a mais valiosa do Brasil e onde vender as suas moedas. Como este artigo é voltado para iniciantes ou leigos na ciência que estuda as moedas, a Numismática, vamos falar de forma bem simples e sem termos técnicos. Você irá saber de forma definitiva se moedas como estas são valiosas: Mas atenção: somos especialistas em moedas para coleção e colecionadores há mais de 20 anos, então, vamos dizer a verdade neste artigo e isso pode ir contra tudo que você já leu ou assistiu por aí.

A cerimônia de cunhagem das primeiras moedas da república

Descubra como foi a cerimônia de cunhagem das primeiras moedas da república. A cunhagem das primeiras moedas da república ganhou destaque na primeira página da edição 1.941 do jornal “O PAIZ”, circulada em 30 de janeiro de 1890. Na ocasião, aquele que ostentava ser a folha de maior circulação na américa do Sul, há trazia detalhes da cerimônia do início da cunhagem das moedas republicanas. Para contextualização temporal, a cerimônia aconteceu há apenas 75 dias depois da proclamação e há 47 dias após a publicação do Decreto nº 54B, de 13 de dezembro de 1889 que aprovou os desenhos e autorizou a cunhagem de moedas de ouro, prata, níquel e bronze do novo tipo. Além disso, o artigo detalha informações interessantes sobre o parque fabril da casa da moeda à época, que contava com 6 máquinas de cunhagem, que cada máquina cunhava 1 moeda por segundo, sendo possível cunhar 216.000 em um dia de trabalho de 10 horas do parque fabril. Nessa velocidade de cunhagem, podemos calcular que para cunhar as 73.494 moedas de 20.000 réis emitidas com era de 1889, seriam necessárias somente 20 horas e 24 minutos de trabalho de uma única máquina. Mas, vamos deixar esses detalhes técnicos e ler o relato da cerimônia de início da cunhagem. Ao final do artigo você pode fazer o download da página inteira e do recorte do jornal. Casa da moeda Realizou-se ontem, conforme fora mencionado, o início da cunhagem das moedas da República, missão que coube ao ilustre engenheiro Dr. Ennes de Souza, diretor da Casa da Moeda. A cerimônia começou às 11 horas da manhã, achando-se presentes o Sr. generalíssimo Deodoro da Fonseca, chefe do governo provisório, os cidadãos ministros da fazenda, do interior e da marinha, e grande número de cavalheiros e senhoras da alta sociedade fluminense, pois, embora não houvessem sido feitos convites, as portas do estabelecimento foram franqueadas ao público. O grande salão em em que está a oficina de cunhagem achava-se decorado ligeira mas agradavelmente, tendo as máquinas de cunhar os seguintes dísticos: Homenagem ao chefe do governo. À imprensa; Aos operários; Ao Dr. Ennes de Souza; Ao ministro republicano; Aos empregados da moedas. Ao lado das máquinas tocava uma banda de música. Funcionaram elas ao mesmo tempo ao impulso de poderosa máquina, que pelo imperceptível barulho que faz, bem merece o qualificativo de silenciosa. As máquinas cunham uma moeda por segundo, sendo o seu movimento perfeitamente equivalente ao de um relógio. Ora, cada máquina, por conseguinte, cunha sessenta moedas por minuto, ou 3.600 por hora, ou 36.000 em dez horas de trabalho; sendo seis o número de máquinas, temos que a casa da moeda pode cunhar diariamente 216.000 moedas. Vê-se por esses dados, apanhados rapidamente na visita de ontem feita, a vantagem de um estabelecimento nas condições da casa da moeda, sempre melhorado pela atividade de seu diretor. As moedas cunhadas foram de ouro, do valor de 20$ (20.000 réis); de prata de 1$ (1.000 réis) e de 500 rs. (500 réis); de níquel, de 200 rs. (200 réis); de cobre, de 40 rs. (40 réis). As primeiras foram entregues ao ilustre chefe do governo. Concluída a cerimônia, fez-se a visita das importantes oficinas do estabelecimento, havendo tem todas empregados encarregados de ministrar informações aos visitantes. No laboratório químico, o mais importante do Rio de Janeiro disse-nos o Dr. Ennes de Souza, o público observou os aparelhos destinados à argenteação e douração, que funcionavam no momento. Em toda as salas, como dissemos, havia empregados e chefes e oficiais de gravura do estabelecimento, que punham o visitante a par do que dizia respeito a seção. No pavimento superior, foram impressos selos de vários valores e cores em presença do Sr. ministro da fazenda, que se mostrou verdadeiramente satisfeito com o que observou. Os nomes das máquinas de cunhagem Poucos anos depois, no dia 15 de novembro de 1892, data do 3º aniversário da proclamação da república, o mesmo jornal O PAIZ publicou uma pequena nota na sua página inicial de que fora inaugurada na Casa da Moeda uma nova máquina de cunhagem. Nesta mesma nota, há menção ao nome dado a nova máquina de cunhagem, bem como aos nomes das demais máquinas preexistentes. Veja a transcrição na linguagem de hoje: Na casa da moeda foi inaugurada mais uma máquina de cunhagem a que o Dr. Ennes deu o nome de Marechal Deodoro. Ficam assim em exercício sete máquinas, que também agora receberam as seguintes designações: Azeredo Coutinho, Souza Franco, Theodoro de Oliveira, Benjamin Constant, República e 15 de Novembro. Clique aqui para fazer download da página completa. Fontes:— Jornal “O PAIZ”, edição 1.941 de 30 de janeiro de 1890.— Foto da capa: Casa da Moeda a partir do Campo de Santana, foto de Marc Ferrez, circa de 1885, coleção Gilberto Ferrez sob custódia do Instituto MOreira salles.